ARROZ, FEIJÃO E CINEMA – 2º MANIFESTO
Por Adailton Medeiros
Arroz, feijão e cinema é um conceito que nós do Ponto Cine vimos espalhando, difundindo aonde nos dão espaço: na imprensa; nas escolas, cursos pré-vestibulares comunitários e universidades; fóruns e feiras culturais; fábricas, igrejas, praças, bares e rodas de amigos.
Essa idéia surgiu da necessidade de alimentar a alma dos brasileiros e atingir o bem-estar cinematográfico do País. Nasceu da utopia, mas começou a materializar-se na sua própria metáfora, simples e de fácil compreensão.
Arroz e feijão são alimentos básicos. Além disso, é o prato mais comum aos brasileiros. São os elementos universais da nossa culinária, combinação típica do nosso País. Assim como o calção azul e a camisa amarela, no nosso futebol; o samba e a bossa, na nossa música; a capoeira e o rebolado, na nossa formação mestiça; o arroz e o feijão também são símbolos nacionais.
Arroz e feijão são o mínimo que a dignidade humana pode exigir na mesa dos brasileiros. Arroz e feijão são alimentos das massas.
Cinema Nacional é o mínimo que a cultura de massas de um País exige para que ele seja digno de sua vida própria em movimento.
Assim como a barriga e o corpo dos brasileiros exigem arroz e feijão, nossas almas exigem cinema, porque cinema alimenta a alma das pessoas e fortalece a consciência de um País.
Para que todos os brasileiros tenham acesso aos filmes nacionais e para que todos os filmes nacionais tenham acesso a todos os brasileiros se faz necessário a implementação de uma política que eleja como prioridades cinco pontos básicos:
1 – o aumento do Parque de Exibição Nacional;
2 – uma distribuição mais democrática e menos perversa desse Parque, privilegiando as cidades do interior do Brasil;
3 – diminuição no preço dos ingressos;
4 – diferenciação nos preços dos ingressos – ingressos para filmes nacionais mais baratos que para filmes estrangeiros; ingressos de filmes em suporte digital mais baratos dos que em película;
5 - proteção ao filme brasileiro com aumento da cota de número de dias de exibição.
Além desses itens há muita coisa o que fazer, mas nada que esteja fora dessa órbita, nada que não se articule e interaja com eles.
Aí está o nosso buraco negro. A hora que houver encorajamento, boa-vontade, esforço concentrado, enfrentamento e investimento, descobriremos um novo universo: o do cinema nacional, um sistema mais justo e simples.
O Cinema brasileiro deixará de ser estrangeiro na sua galáxia, passará a ser o centro desse conjunto de elementos interconectados e as produções internacionais gravitarão entorno dele. O que é muito normal segundo as leis naturais que sempre regeram os universos.
Tudo será mais simples. Será Arroz, Feijão e Cinema.
imagem pesquisada no google imagem e montada por mim :)
Arroz, feijão e cinema é um conceito que nós do Ponto Cine vimos espalhando, difundindo aonde nos dão espaço: na imprensa; nas escolas, cursos pré-vestibulares comunitários e universidades; fóruns e feiras culturais; fábricas, igrejas, praças, bares e rodas de amigos.
Essa idéia surgiu da necessidade de alimentar a alma dos brasileiros e atingir o bem-estar cinematográfico do País. Nasceu da utopia, mas começou a materializar-se na sua própria metáfora, simples e de fácil compreensão.
Arroz e feijão são alimentos básicos. Além disso, é o prato mais comum aos brasileiros. São os elementos universais da nossa culinária, combinação típica do nosso País. Assim como o calção azul e a camisa amarela, no nosso futebol; o samba e a bossa, na nossa música; a capoeira e o rebolado, na nossa formação mestiça; o arroz e o feijão também são símbolos nacionais.
Arroz e feijão são o mínimo que a dignidade humana pode exigir na mesa dos brasileiros. Arroz e feijão são alimentos das massas.
Cinema Nacional é o mínimo que a cultura de massas de um País exige para que ele seja digno de sua vida própria em movimento.
Assim como a barriga e o corpo dos brasileiros exigem arroz e feijão, nossas almas exigem cinema, porque cinema alimenta a alma das pessoas e fortalece a consciência de um País.
Para que todos os brasileiros tenham acesso aos filmes nacionais e para que todos os filmes nacionais tenham acesso a todos os brasileiros se faz necessário a implementação de uma política que eleja como prioridades cinco pontos básicos:
1 – o aumento do Parque de Exibição Nacional;
2 – uma distribuição mais democrática e menos perversa desse Parque, privilegiando as cidades do interior do Brasil;
3 – diminuição no preço dos ingressos;
4 – diferenciação nos preços dos ingressos – ingressos para filmes nacionais mais baratos que para filmes estrangeiros; ingressos de filmes em suporte digital mais baratos dos que em película;
5 - proteção ao filme brasileiro com aumento da cota de número de dias de exibição.
Além desses itens há muita coisa o que fazer, mas nada que esteja fora dessa órbita, nada que não se articule e interaja com eles.
Aí está o nosso buraco negro. A hora que houver encorajamento, boa-vontade, esforço concentrado, enfrentamento e investimento, descobriremos um novo universo: o do cinema nacional, um sistema mais justo e simples.
O Cinema brasileiro deixará de ser estrangeiro na sua galáxia, passará a ser o centro desse conjunto de elementos interconectados e as produções internacionais gravitarão entorno dele. O que é muito normal segundo as leis naturais que sempre regeram os universos.
Tudo será mais simples. Será Arroz, Feijão e Cinema.
imagem pesquisada no google imagem e montada por mim :)
Muito boa essa matéria.
ResponderExcluirA cota de número de dias de exibição de filmes nacionais é absurdamente pequena!
Esses cinco pontos são básicos e realemente é só falta de investimento e boa vontade.
Beijos e arroz, feijão e cinema!
"porque cinema alimenta a alma das pessoas e fortalece a consciência de um País."
pois é, concordo plenamente.
ResponderExcluiros filmes nacionais deveriam ser mais valorizados. e uma das formas de se valorizar nossa produção, sem dúvida nenhuma, seria através da redução no valor dos ingressos. tornando mais viável o acesso da classe média baixa ao cinema.
considerando o trabalho que o Ponto Cine vem realizando há algum tempo fica evidente que se houvesse uma vontade maior do setor cultural como um todo, existiriam mais cinemas, mais público e, consequentemente, mais pessoas produzindo.